De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças neurológicas afetam pelo menos 1 bilhão de pessoas no mundo. Essas doenças comprometem a qualidade de vida e o bem-estar da população de forma significativa, prejudicando desde simples tarefas do dia a dia, até incapacitando seus pacientes e levando à morte.
E o eletroencefalograma é um exame de imagem importante para uma boa saúde cerebral, que permite o diagnóstico precoce de disfunções e doenças em avaliações médicas regulares.
A saúde cerebral representa o estado de funcionamento do cérebro em sua plenitude, incluindo o aprendizado, o comportamento, as emoções e a mobilidade. Dessa maneira, as doenças neurológicas podem afetar a vida de uma pessoa significativamente, impossibilitando alcançar seu máximo potencial ao longo da vida.
Problemas da saúde neurológica
Os problemas neurológicos de saúde são uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. No Brasil, elas são responsáveis por 15% das mortes, segundo dados do Ministério da Saúde.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, pelo menos 1 bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem de doenças neurológicas crônicas que podem prejudicar a saúde física e mental de forma significativa.
A OMS estima ainda que 1 em cada 3 pessoas desenvolverá um distúrbio neurológico em algum momento de sua vida, mesmo que seja temporariamente. Por isso, o diagnóstico e o tratamento de doenças neurológicas têm papel fundamental para salvar vidas.
Vale destacar que existem mais de 200 tipos de doenças neurológicas, que podem atingir o cérebro, a medula espinhal ou os nervos periféricos. Algumas das doenças neurológicas mais comuns incluem:
- Doenças cerebrovasculares, como derrame e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
- Doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla.
- Doenças inflamatórias, como encefalite e meningite.
- Doenças metabólicas, como epilepsia e diabetes.
- Doenças congênitas, como paralisia cerebral e hidrocefalia.
- Doenças psiquiátricas, como esquizofrenia e depressão.
Nesse contexto, o eletroencefalograma (EEG) é um exame não invasivo que registra a atividade elétrica do cérebro, diagnosticando alterações que são características de determinadas doenças neurológicas que afetam pessoas de todas as idades.
Quais são os fatores de risco para as doenças neurológicas?
Os fatores de risco para doenças neurológicas variam de acordo com o tipo de doença. No entanto, alguns aspectos comuns incluem:
- Idade: as doenças neurológicas são mais comuns em pessoas idosas.
- Histórico familiar: pessoas com histórico familiar de doenças neurológicas têm maior risco de desenvolver essas doenças.
- Estilo de vida: o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, o abuso de substância ilícitas e a obesidade podem aumentar o risco de algumas doenças neurológicas.
- Exposição a agentes químicos: a exposição a certos produtos químicos ou metais pode aumentar o risco de doenças neurológicas.
- Lesões cranianas e encefálicas: traumas e acidentes podem causar ou aumentar as chances de uma pessoa ser acometida por uma doença neurológica.
Como prevenir as doenças neurológicas?
Não existe uma maneira de prevenir todas as doenças neurológicas. No entanto, existem algumas medidas que podem ajudar a reduzir o risco, como:
- Manter um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, atividade física regular e controle do estresse.
- Não fumar, evitar o consumo excessivo de álcool e prevenir a obesidade.
- Proteger-se da exposição a toxinas, como pesticidas e metais pesados.
- Usar capacete ao andar de bicicleta, motocicleta ou praticar esportes de risco.
- Realizar consultas médicas e exames preventivos: as consultas e os exames de rotina, como o eletroencefalograma, podem identificar possíveis alterações na atividade cerebral antes que elas provoquem sintomas, assim, permitindo um tratamento médico adequado.
Quais são os tipos de tratamentos para as doenças neurológicas?
Os tratamentos das doenças neurológicas variam de acordo com o tipo de doença e são direcionados a partir da realização de exames específicos, como o eletroencefalograma. Entretanto, alguns tratamentos comuns incluem:
- Medicamentos, como anticonvulsivantes, antipsicóticos e corticoides.
- Cirurgia, como para remoção de tumores ou correção de malformações.
- Terapias, como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia.
- Cuidados paliativos, para proporcionar conforto e qualidade de vida aos pacientes com doenças graves.
O que é o exame de eletroencefalograma?
O eletroencefalograma (EEG) é um exame importante para a saúde cerebral, no qual registra a atividade elétrica espontânea do órgão, por meio de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo do paciente. Ele pode ser realizado em pessoas de qualquer idade, desde recém-nascidos até idosos.
Esses eletrodos são conectados a um aparelho chamado eletroencefalógrafo, que registra os sinais elétricos cerebrais do paciente e os transforma em um gráfico.
Durante o exame, o médico pode solicitar que o paciente faça algumas atividades simples, como abrir e fechar os olhos, respirar profundamente algumas vezes ou olhar para flashes de luz. Isso ajuda a identificar alterações na atividade elétrica cerebral.
Não há contraindicações para a realização do eletroencefalograma. Entretanto, em alguns casos, o exame pode ser realizado com sedação, especialmente em crianças pequenas.
Para realizar o exame, o paciente deve estar bem alimentado e com o cabelo limpo e seco. No caso de crianças, recomenda-se que elas durmam menos na noite anterior ao exame para facilitar a indução do sono durante o procedimento.
O eletroencefalograma é um exame importante para a saúde cerebral
O EEG pode ser usado para diagnosticar uma ampla gama de doenças neurológicas:
- Epilepsia: o EEG é o exame mais importante para o diagnóstico de epilepsia, identificar o tipo de epilepsia e a localização da lesão cerebral que está causando as convulsões. No Brasil, mais de 2 milhões de pessoas sofrem com a doença.
- Doenças cerebrovasculares: o exame pode ser usado para avaliar o dano cerebral causado por um derrame ou um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
- Doenças neurodegenerativas: o eletroencefalograma pode ser usado para identificar alterações na atividade elétrica do cérebro que são características de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla.
- Doenças inflamatórias: o EEG pode ser usado para identificar alterações na atividade elétrica do cérebro que são típicas de doenças inflamatórias, como encefalite e meningite.
- Doenças metabólicas: o eletroencefalograma registra alterações na atividade elétrica do cérebro que são características de doenças metabólicas, como diabetes.
O EEG também pode ser usado também para monitorar o tratamento de doenças neurológicas, como a epilepsia, avaliando a eficácia dos medicamentos e para identificar alterações que podem indicar a necessidade de ajuste do tratamento.
Conclusão
Além de adotar hábitos saudáveis e manter o cérebro ativo, o eletroencefalograma (EEG) é um exame importante para a saúde cerebral e para a prevenção de doenças neurológicas.
O diagnóstico precoce de uma doença cerebral permite o início do tratamento adequado o mais rápido possível, aumentando as chances de cura e o controle da doença.
O EEG é um exame não invasivo e seguro, que pode ser realizado em adultos, crianças e até mesmo em bebês. Ele é indicado para a prevenção e o diagnóstico precoce de uma ampla variedade de problemas neurológicos e psiquiátricos.
Lembre-se: cuidar da sua saúde é um investimento em sua qualidade de vida. Mantenha-se saudável, viva bem!
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Referências:
Organização Mundial da Saúde (OMS) via Agência Brasil: https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-05-20/oms-doencas-mentais-e-neurologicas-atingem-cerca-de-700-milhoes-de-pessoas-alerta-oms
Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021/maio/doencas-cronicas-neurologicas-sao-incluidas-nos-grupos-prioritarios
