Aids: conscientização e cuidados preventivos

Conhecimento e cuidados preventivos contra a Aids. Check Up Hospital.
Uma das principais metas da Organização Mundial de Saúde é eliminar a AIDS como ameaça à saúde da população até 2030, contando com o apoio fundamental das comunidades locais. Em todo o planeta, uma vida é perdida em decorrência da AIDS a cada minuto. O Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, celebrado no primeiro dia de dezembro, representa uma data crucial para a conscientização de governos, sociedade e instituições de saúde.
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O Brasil ainda enfrenta obstáculos no combate à aids por consequência das desigualdades sociais, que dificultam o acesso ao diagnóstico e ao tratamento para pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade.

Por outro lado, nos últimos anos, o País demonstrou avanço na luta contra a doença, disponibilizando testagens rápidas que identificam o contágio por HIV e oferecendo tratamento adequado por meio do sistema público de saúde.

O Ministério da Saúde destaca que viver com o HIV não implica automaticamente na progressão para a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids). As pessoas podem conviver com o vírus por longos períodos sem apresentar sintomas da doença.

Quanto mais cedo o contágio por HIV for identificado, mais chances o paciente tem de manter sua qualidade de vida, evitar a disseminação da doença e elevar a expectativa de vida de forma significativa.

Infelizmente, não há cura para a infecção pelo HIV, porém, medicamentos antirretrovirais eficazes podem controlar o vírus e ajudar a prevenir a transmissão para outras pessoas.

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids, em 1º de dezembro, reforça a importância de conscientizar a população sobre os fatores de risco e as medidas preventivas que impedem a infecção pela doença, além de disponibilizar o tratamento necessário aos pacientes.

Projeções da Organização Pan-Americana de Saúde apontam que 23% das pessoas com HIV na América Latina e no Caribe desconhecem que estão infectadas, e aproximadamente 35% recebem o diagnóstico tardio, com a imunodeficiência já em estágio avançado.

Dados sobre a aids no Brasil e no mundo

O Ministério da Saúde estima que 1 milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil. Em 2022, foram registradas 16,7 mil novas infecções, além dos casos subnotificados ou que não são diagnosticados.

No País, o maior registro de casos de aids está entre as pessoas de 25 a 39 anos, sendo 52,4% de pessoas do gênero masculino e 48,4% que pertencem ao sexo feminino.

O HIV infecta as células sanguíneas, do sistema nervoso e afeta a imunidade do paciente, já que ataca diretamente a produção de glóbulos brancos.

No mundo, quase 40 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV. Entre esses pacientes, cerca de 30 milhões recebem o tratamento adequado com antirretrovirais para prevenir a disseminação da doença e manter a carga viral sob controle.

Em 2022, ao menos 1,3 milhão de indivíduos foram infectados globalmente e a doença provocou cerca de 630 mil mortes. Entre os pacientes, em média, mais de 95% são adultos, 86% sabem que têm a doença e 53% pertencem ao gênero feminino.

Desde o início da epidemia de aids, nos anos 1980, mais de 85 milhões de pessoas foram infectadas e 40 milhões morreram por conta da evolução da doença. 

Com as medidas de prevenção, as campanhas de conscientização e a divulgação de informações sobre a aids, a mortalidade relacionada a esse problema de saúde caiu 55% entre mulheres e meninas, e reduziu 47% entre homens e meninos, desde 2010.

Quais são os principais sintomas da aids?

Vale destacar que em muitos casos o paciente fica diversos anos sem manifestar qualquer tipo de sintoma. Por isso, somente os testes laboratoriais, principalmente para pessoas que passaram por situações de risco, é fundamental para o diagnóstico da doença.

Os principais sintomas envolvem:

  • Febre constante.
  • Manchas na pele.
  • Ínguas (inchaço de glândulas) no pescoço, axilas ou virilhas.
  • Calafrios. 
  • Dor de cabeça. 
  • Dor de garganta.
  • Dores musculares.

Quando não há tratamento, o HIV compromete todo o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças, o que ocasiona diversos problemas crônicos e facilita a infecção por tuberculose, toxoplasmose, pneumonia, meningite, entre outras. 

Quais são os fatores de risco e transmissão da aids?

Os fatores de risco para o HIV/aids envolvem comportamentos e circunstâncias que aumentam a probabilidade de contrair o vírus. É importante reconhecer esses fatores para adotar medidas preventivas adequadas. 

  1. Relações sexuais sem proteção: ter relações sexuais heterossexuais e homossexuais sem o uso de preservativos, especialmente com parceiros cujo histórico sorológico é desconhecido ou positivo para o HIV.
  2. Compartilhamento de objetos cortantes: o uso compartilhado de alicates de unha, aparelhos de barbear, agulhas e seringas, especialmente no contexto de uso de drogas injetáveis, representa um grande risco de transmissão.
  3. Transmissão vertical: a transmissão do vírus da mãe para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação pode ocorrer, apesar de o Brasil ter adotado diversas medidas para prevenir esse tipo de transmissão.
  4. Transfusão de sangue e compostos sanguíneos contaminados: antes dos procedimentos de triagem modernos, a transfusão de sangue ou o uso de compostos sanguíneos contaminados representavam um risco significativo de infecção pelo HIV.
  5. Exposição profissional: profissionais de saúde que entram em contato com sangue ou fluidos corporais sem utilizar as medidas de proteção indicadas, como luvas ou máscaras, ficam expostos ao vírus HIV e podem estar em risco.

Outros fatores de risco para contágio do HIV

  1. Múltiplos parceiros sexuais: ter múltiplos parceiros sexuais aumenta o risco, principalmente, se não houver uso frequente e contínuo de preservativos.
  2. Doenças Sexualmente Transmissíveis: o diagnóstico de outras DSTs pode aumentar o risco imunológico de contrair ou transmitir o HIV.
  3. Condições sociais e econômicas: desigualdades sociais, pobreza e falta de acesso a cuidados de saúde contribuem para a disseminação do HIV.
  4. Fatores culturais e comportamentais: costumes culturais que envolvam práticas sexuais sem o uso de preservativos e comportamentos de risco facilitam a propagação do HIV.
  5. Idade: os jovens, sobretudo aqueles que estão iniciando a vida sexual, podem estar em maior risco devido à falta de conhecimento sobre práticas seguras e ao comportamento de risco.

Como prevenir a aids?

Usar preservativos em todas as relações sexuais é a maneira mais segura, eficaz e de baixo custo para evitar o contágio ou a transmissão da doença, que serve inclusive para prevnir todas as outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

Para pessoas que possam ter sido expostas às situações de risco, existe uma medida de prevenção de urgência, chamada de Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que consiste no uso de um remédio preventivo.

O medicamento precisa ser ingerido de preferência nas primeiras 2 horas após a exposição e, no máximo, em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada por uma equipe de saúde. 

No caso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), para pessoas que irão se expor a situações de risco para o contágio por HIV, há uma combinação de dois medicamentos antirretrovirais, similares aos usados no tratamento de pacientes, que previnem em 90% a infecção.

É importante lembrar que a infecção latente pelo HIV, ou seja, o período em que o paciente está infectado mas os exames laboratoriais ou o teste rápido anti-HIV não identificam, pode chegar a até 30 dias.

Além disso, outras formas de prevenção são não compartilhar seringas e agulhas, realizar exames de rastreamento sempre que houver uma situação de risco, evitar múltiplos parceiros sexuais e sempre manter-se informado sobre o tema.

Quais ações não transmitem o HIV?

É importante ressaltar que estas ações abaixo não transmitem o HIV:

  • Relação sexual com uso correto de preservativo.
  • Beijo no rosto ou na boca.
  • Contato com suor ou lágrima.
  • Abraço e aperto de mão.
  • Compartilhamento de sabonetes, toalhas, lençóis, copos e talheres.
  • Uso conjunto de piscina ou de banheiros compartilhados.
  • Pelo ar. 
  • Picada de inseto.
  • Assento de ônibus, trens, embarcações ou Metrô no transporte público.

Qual a prevalência da aids na população? 

A prevalência global média de infecção por HIV entre os jovens e adultos, com idades entre 15 e 49 anos, é de 0,7%. 

Porém, há grupos de risco que possuem taxa de prevalência bem maior:

  • 10,3% entre pessoas transexuais.
  • 7,5% entre homens gays e homens que fazem sexo com outros homens.
  • 5% entre pessoas que fazem uso de drogas injetáveis. 
  • 2,5% entre profissionais do sexo.
  • 1,4% entre pessoas que estão presas ou privadas de liberdade.

Os países da África subsaariana, como a África do Sul, possuem níveis de infecção por HIV elevados em comparação a outras regiões do mundo.  

Como é o tratamento para pessoas infectadas pelo HIV?

Os medicamentos antirretrovirais (ARV) foram desenvolvidos na década de 1980 com o propósito de interromper a replicação do HIV no organismo. Essas substâncias desempenham um papel crucial na prevenção do enfraquecimento do sistema imunológico.

Dessa forma, a utilização consistente dos ARV é essencial para prolongar tanto a duração quanto a qualidade de vida das pessoas que convivem com o HIV, além de reduzir significativamente o número de hospitalizações e infecções de doenças oportunistas.

Os pacientes que têm o diagnóstico correto e realizam o tratamento indicado possuem uma boa condição de saúde, comparável à de indivíduos que não têm o vírus. 

O tratamento não apenas melhora a qualidade de vida, mas também contribui significativamente para garantir boas condições de saúde e bem-estar geral às pessoas portadoras do HIV, além de evitar a transmissão do vírus.

Em casos de suspeita de infecção

Caso suspeite que você ou algum conhecido possa ter sido exposto a uma situação de risco,, agende uma consulta médica para realizar a investigação clínica do caso.

Não deixe de realizar consultas médicas regularmente para discutir quais exames são apropriados para você e tome medidas ativas para cuidar da sua saúde. Priorize sua qualidade de vida e o seu bem-estar para ter tranquilidade no dia a dia.

Exames para detecação e tratamento de aids. Check Up Hospital.

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  • WhatsApp: (92) 99116-6003 (exclusivo para exames laboratoriais)
  • Telefone da Emergência: (92) 2125-5999

Referências:

Unaids: https://unaids.org.br/estatisticas/ 

Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/mais-de-52-mil-jovens-de-15-a-24-anos-com-hiv-evoluiram-para-aids-nos-ultimos-dez-anos 
Organização Pan-Americana de Saúde: https://www.paho.org/pt/topicos/hivaids

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