A meningite é uma infecção que se instala, principalmente, quando uma bactéria ou vírus, por algum motivo, consegue ultrapassar as defesas do organismo e ataca as meninges, que são as três membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central.
Por ser uma doença que tem muitos agentes envolvidos e os mais sérios do ponto de vista da saúde pública e clínico são os virais e bacterianos. No mundo, cerca de 5 milhões de pessoas são afetadas por um tipo de meningite todos os anos. Por isso a importância da data do Dia Mundial de Combate à Meningite, que visa ressaltar a importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento e suporte assistencial para as pessoas acometidas da doença.
Um dado preocupante, segundo pesquisa (fonte no final do post) que mostra que 51% dos pais e responsáveis no Brasil não tem certeza sobre a atualização da carteira de vacinação dos filhos com relação à meningite. E nesse momento de preocupações com a pandemia da Covid-19, é mais importante do que nunca ter os cuidados com a saúde de todos para agir na prevenção de outras doenças.
Existem diferentes tipos de meningite e, a considerada uma das mais perigosas e fatais, é a meningite meningocócica. E isso é um dos motivos que torna importante o conhecimento sobre a doença, sua gravidade, os sintomas e as formas de prevenção.

Tipos da doença
A meningite meningocócica (causada pela bactéria Neisseria meningitidis) possui 13 sorogrupos identificados, sendo que cinco deles são os mais comuns (A, B, C, W e Y), e é uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
Pesquisas realizadas recentemente no país, alertam que mais da metade dos entrevistados não sabem que existem vários tipos de meningite e as diferentes vacinas para combatê-las. E cerca de 64% dos adultos não estão com a vacinação totalmente em dia, e nos últimos cinco anos, em torno de 7 a cada 100 pessoas se vacinaram contra os tipos de meningite mais comuns (C e B e ACWY)

Transmissão
Assim como outras doenças infecciosas como a Covid-19, a meningite pode ser transmitida pelo doente ou pelo portador da bactéria através da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra. Nem todos que adquirem o meningococo ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que cria através do contato com essas mesmas bactérias, adquirindo portanto, resistência à doença. O período médio de incubação é de 4 dias, mas pode variar entre 2 e 10 dias.
As crianças de 6 meses a 1 ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque, geralmente, ainda não desenvolveram anticorpos para combatê-la. Pessoas infectadas pela bactéria Neisseria meningitidis frequentemente carregam a doença sem a manifestação dos sintomas e espalham a bactéria através da tosse e de espirros. Ambientes pequenos e superlotados aumentam o risco de disseminação da doença.

Sintomas e sinais mais comuns
Os sintomas iniciais e sinais podem ser confundidos com de outras doenças, como a gripe, porque incluem febre, irritabilidade, dor de cabeça grave e persistente, náusea e vômito. Os sintomas da meningite meningocócica podem variar de um caso para o outro.
Outros sintomas são a sensação geral de cansaço, febre alta repentina, rigidez do pescoço na nuca, perda de apetite, desconforto provocado pela luz, sonolência ou dificuldade de despertar, dores nas articulações, confusão ou outras mudanças mentais. Uma mancha de pele avermelhada ou púrpura é um sinal muito importante a ser observado. Se não ficar branco quando você pressiona um copo contra ele, a erupção cutânea pode ser um sinal de envenenamento de sangue, esse é um sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente pelo sangue e o risco de sepse aumenta muito, significa uma emergência médica.
Além dos sintomas descritos acima, podem incluir os sintomas em bebês como o abaulamento, o choro agudo ou gemido e movimentos rígidos, bruscos ou flexíveis. Além da respiração rápida, letargia ou sonolência excessiva, pele manchada, pálida ou azul (cianose), tremores e convulsões. Se não houver o tratamento de forma rápida, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão, sepse e choque, falência múltipla de órgãos e risco de óbito.
Pode ser destacado nas meningites virais o quadro mais leve, sendo os seus sintomas semelhantes aos das gripes e resfriados. A doença acomete, principalmente, as crianças, que têm febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, inapetência e irritação. Uma vez que os exames tenham comprovado tratar-se de meningite viral, a conduta é esperar que o caso se resolva sozinho, como acontece com as outras viroses.

Tratamento
Assim como para as outras doenças infecciosas causadas por vírus, não existe um tratamento específico para as meningites virais. Os medicamentos para combater a febre e as dores são úteis para aliviar os sintomas.
Meningites bacterianas são tratadas com antibióticos aplicados por via endovenosa (diretamente na veia do paciente) e sua administração deve começar o mais rápido possível para evitar complicações e sequelas.
Meningites causadas por fungos ou pelo bacilo da tuberculose exigem tratamento prolongado à base de antibióticos e quimioterápicos por via oral ou endovenosa.

Prevenção e controle
Crianças menores de cinco anos são mais vulneráveis às meningites bacterianas, principalmente menores de um ano, já que o desenvolvimento imunológico ainda não está completo e os anticorpos não são suficientes para impedir o desenvolvimento da doença.
Há quatro vacinas contra meningites bacterianas no Calendário Nacional de Vacinação, para menores de um ano de idade, que são: BCG, que protege contra meningite tuberculosa; a Vacina Pentavalente, que protege contra meningite por Haemophilus Influenzae tipo B; a Vacina Pneumocócica 10 Valente, que protege contra meningite pneumocócica; e a Vacina Meningocócica C, que protege contra meningite meningocócica tipo C.
Segundo especialistas em doenças infecciosas, os pais precisam entender a importância de levar seus filhos para vacinar, porque somente com a conclusão do esquema de vacinas permitirá que as crianças estejam protegidas contra os tipos de meningite.
Algumas recomendações para prevenção de contrair a doença:
- Evitar locais com aglomeração de pessoas;
- Deixar os ambientes ventilados, se possível ensolarados, principalmente, salas de aula, locais de trabalho e no transporte coletivo;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal;
- Reforçar os hábitos de higiene, lavando as mãos com frequência, especialmente antes das refeições;
- Manter a vacinação em dia.
A rede pública de saúde oferece, gratuitamente, vacina contra as formas mais graves de meningite:
- Meningite tipo C (a proteção está contida na vacina Meningo C):
- para crianças (1ª dose aos 3 meses; 2ª dose aos 5 meses; e reforço entre 12 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias);
- para adolescentes entre 12 e 13 anos – 1 dose.
- Meningite por pneumococo (a proteção está contida na vacina Pneumo 10):
- para crianças (1ª dose aos 2 meses; 2ª dose aos 4 meses; e reforço entre 12 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias).
- Meningite por Haemophilus influenzae (a proteção está contida na vacina Pentavalente):
- para crianças (1ª dose aos 2 meses; 2ª dose aos 4 meses; e 3ª dose aos 6 meses).
- Meningite tuberculosa (a vacina BCG protege contra a meningite tuberculosa):
- para crianças, ao nascer.
Pais de crianças pequenas não podem ficar na dúvida, mesmo que alguns sintomas da meningite possam ser confundidos com os de outras infecções por vírus e bactérias: criança chorosa, inapetente e prostrada, que se queixa de dor de cabeça, precisa ser levada, o mais depressa possível, para avaliação médica de urgência. Os efeitos tardios da meningite podem causar sequelas permanentes na vida das pessoas, provocando:
- Danos aos órgãos;
- Perda da audição:
- Lesão cerebral;
- Dificuldade de aprendizagem;
- Perda de membros.

Diagnóstico
O diagnóstico da meningite é feito através da observação clínica dos sintomas da doença e confirmado por meio de um exame chamado punção lombar, que consiste na retirada de uma pequena quantidade de liquor do canal vertebral. Esse exame consegue mostrar se há inflamação nas meninges e qual o agente causador sendo essencial para o diagnóstico e para direcionar o tratamento da doença.
Esse procedimento, da coleta da amostra do liquor, é realizado pelo médico somente para pacientes que estão sendo atendidos no PS ou internados.
Para maiores informações sobre os exames, você tem à disposição:
- Central de Atendimento: (92) 2125-5959
- WhatsApp: (92) 99116-6045
Se você estiver sentindo sintomas parecidos com os da meningite, procure atendimento no Pronto Atendimento do Check Up Hospital para ser avaliado pela equipe médica e equipe de neurologia.
Referências:
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