Automedicação: os riscos para a sua saúde

Automedicação e os riscos para a saúde. Uso racional de medicamentos. Check Up Hospital.
A automedicação pode trazer diversos riscos à saúde e deve ser evitada. O uso correto e seguro dos medicamentos só é possível com a orientação de um profissional de saúde capacitado.
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Quando você sente sintomas gripais ou de outros problemas de saúde, o que você costuma fazer? Pesquisa no Google e vai à farmácia comprar um remédio? Usa algum medicamento guardado em casa? Ou vai ao hospital consultar um médico?

Se você geralmente opta pela primeira ou segunda alternativa, saiba que a automedicação pode causar sérios danos ao seu organismo. Uma pesquisa recente do Conselho Federal de Farmácia (CFF) apontou que 77% dos brasileiros costumam se automedicar.

O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, em 5 de maio, alerta sobre os perigos da automedicação para a saúde. O uso indiscriminado de remédios causa diversos prejuízos ao organismo.

A automedicação pode causar problemas tão graves para uma pessoa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) trata o tema como um problema de saúde pública global. Repetir esse ato com frequência resulta em prejuízos ainda maiores para a saúde.

Sem prescrição e recomendação médica, você acaba ingerindo remédios para a finalidade equivocada e na quantidade inadequada. Essa combinação de fatores pode causar problemas irreversíveis para a sua saúde.

Dados sobre o tema

A Anvisa, assim como a OMS, afirma que a automedicação e o uso indiscriminado de medicamentos significam um risco para a saúde de toda a população brasileira, causando sérios prejuízos aos sistemas de saúde e levando à morte de pacientes.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), ao menos 50% dos medicamentos utilizados pela população em geral não são prescritos por médicos, além de serem usados na dosagem, no período e nos horários incorretos.

A pesquisa do Conselho Federal de Farmácia também apontou que aproximadamente metade dos brasileiros se automedicam uma vez por mês, e 25% dizem que se automedicam no mínimo uma vez por semana.

Familiares, amigos e vizinhos são os principais influenciadores na escolha dos medicamentos usados sem prescrição (25%), aponta o levantamento.

Dados do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico mostram que 51% dos brasileiros pesquisam em sites de buscas sobre seus sintomas de saúde para se automedicarem.

Quais são os medicamentos mais usados

No Brasil, os remédios mais usados sem prescrição médica são:

  • Analgésicos: 64%;
  • Antigripais: 47%;
  • Relaxantes musculares: 35% 

Além desses descritos acima, os anticoncepcionais, os descongestionantes nasais e os anti-inflamatórios têm uma taxa muito alta de utilização sem receita médica, segundo levantamento do Conselho Federal de Farmácia.

Consequências para a saúde

A Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) afirma que cerca de 20 mil pessoas morrem anualmente no Brasil, em média, por consequência da automedicação. 

O uso indevido de medicamentos causa cerca de 30% das intoxicações registradas no Brasil, segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. Além disso, a automedicação causa outros problemas graves:

  • Intoxicação. 
  • Dependência física.
  • Piora dos sintomas.
  • Alergias.
  • Problemas renais.
  • Resistência de agentes infecciosos aos medicamentos.
  • Falência dos órgãos.
  • Nos piores casos, pode levar à morte.

Saiba mais sobre os graves problemas para a saúde

Bactérias resistentes: esse problema significa uma grave e preocupante situação para a saúde pública mundial. Os efeitos a longo prazo do uso indiscriminado de remédios e da automedicação criam bactérias resistentes aos medicamentos convencionais. Isso prejudica programas de saúde e causa perdas bilionárias em todos os países do mundo.

Alergias: a ingestão incorreta de remédios pode causar reações instantâneas e prejudiciais ao organismo. Há possibilidade de o sistema imunológico do paciente reagir de uma forma anormal e prejudicial à saúde, provocando vermelhidão, manchas na pele, inchaço, coceiras, asfixia e intoxicação.

A intoxicação pode, inclusive, levar à morte. Alguns dos medicamentos mais relacionados a esse problema são analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios.

Resistência de microrganismos: o uso indiscriminado de medicamentos pode fazer com que o próprio organismo da pessoa não responda mais a tratamentos convencionais. A utilização indevida de medicamentos diminui a eficiência dos tratamentos.

Interação medicamentosa: para pacientes que já tomam remédios diariamente para doenças crônicas, a automedicação representa um risco ainda maior. A interação entre essas substâncias pode ocasionar diversos problemas de saúde.

Dependência: a automedicação pode se tornar um vício e um gatilho para a dependência do organismo em relação a determinados remédios. Isso leva ao desenvolvimento de doenças, como a insuficiência hepática, arritmias cardíacas e paradas respiratórias. 

Uso racional de medicamentos

O uso racional de medicamentos engloba a ingestão de remédios apenas sob prescrição médica e com a finalidade adequada para o seu quadro clínico. Respeite a recomendação médica para a dosagem, período de uso e horários determinados. 

Veja algumas orientações importantes:

  • Obtenha a indicação médica: quando tiver algum sintoma que afete a sua saúde, consulte um médico. Apenas um profissional de saúde qualificado poderá indicar qual é o melhor tratamento para o seu caso específico.
  • Utilize a dosagem recomendada pelo seu médico: cada organismo tem suas necessidades individuais para o tratamento ser eficaz e não causar prejuízos à saúde. Alguns fatores são peso, altura, idade, condição clínica e histórico de doenças.
  • Tome o medicamento pelo tempo indicado: respeite o período e os horários recomendados pelo seu médico. Não interrompa ou prolongue o tratamento, para evitar complicações ou desenvolvimento de outros problemas de saúde.
  • Armazene os remédios corretamente: ambientes úmidos e com muita exposição solar podem diminuir a eficiência dos medicamentos. Pergunte ao médico, ao farmacêutico e leia a bula dos medicamentos.
  • Descarte os medicamentos corretamente: após finalizar um tratamento, é comum que sobrem alguns comprimidos. Não descarte as substâncias na pia, no vaso sanitário ou no lixo comum. Essa atitude pode provocar a intoxicação de funcionários da limpeza e a contaminação do meio ambiente. Procure a Unidade de Saúde, a farmácia ou o hospital mais próximo para fazer o descarte correto dessas substâncias.

Lembre-se: a automedicação traz sérios riscos, podendo causar sequelas graves e levar à morte. Com o uso racional de medicamentos, você vai cuidar da sua saúde, além de promover o bem-estar e a qualidade de vida de toda a população.

Em caso de dúvidas ou se perceber efeitos adversos ao usar algum medicamento, procure orientação médica imediatamente.

Remédios para emagrecer: uso indevido prejudica a saúde

O uso indiscriminado de remédios para emagrecer tornou-se uma ‘epidemia’ no Brasil e no mundo. Muita gente procura por conta própria essas medicações, sem qualquer tipo de orientação médica e necessidade clínica.

A automedicação para o emagrecimento apresenta uma série de riscos à saúde, além das já citadas aqui. Apenas um endocrinologista e outros médicos especialistas podem recomendar a utilização desse tipo de substância.

A realização de exames laboratoriais e o acompanhamento clínico devem estar presentes em qualquer processo de emagrecimento ou para manutenção do peso adequado. Pessoas com comorbidades, hipertensão ou diabetes, por exemplo, têm um risco muito grande de desenvolver problemas ainda mais sérios de saúde.

Alguns dos remédios usados indiscriminadamente para emagrecer afetam o funcionamento cerebral e do sistema nervoso, são obtidos de forma ilegal e provocam uma dependência química extremamente prejudicial ao organismo.

Existem formas muito mais saudáveis de emagrecer, como adotar uma dieta adequada, praticar atividades físicas, manter a boa saúde mental e regular as funções hormonais com um tratamento médico adequado.

Nunca se automedique. Consulte um médico e faça exames de laboratório regularmente. Mantenha os cuidados corretos com a saúde e o uso racional de medicamentos para manter sua qualidade de vida e bem-estar.

Lembre-se: para ter uma vida melhor e mais saudável, é preciso cuidar bem da sua saúde e ter hábitos saudáveis. E você pode contar com o Check Up Hospital para suas consultas e exames médicos regulares.

Caso prefira fazer o agendamento por telefone ou pelo WhatsApp, ou se ficou com alguma dúvida, abaixo estão os contatos à sua disposição:

  • Central de Atendimento: (92) 2125-5959
  • WhatsApp: (92) 99116-6045 (serviços hospitalares de consultas e exames médicos)
  • WhatsApp: (92) 99116-6003 (exclusivo para exames laboratoriais)
  • Telefone da Emergência: (92) 2125-5999

Referências:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Conselho Federal de Farmácia

Conselho Federal de Farmácia – Nota aos Farmacêuticos e à Sociedade

Escola de Educação Permanente

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