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Outubro Rosa: questões respondidas por mastologista

Outubro é o mês dedicado à conscientização global sobre o câncer de mama, uma doença que acomete milhões de mulheres no mundo. No Brasil, o tumor de mama é a principal causa de morte por câncer entre as mulheres. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 73,6 mil novos casos para este ano.

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Conteúdo em colaboração com o médico:

Você sabia que o câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres brasileiras, atrás apenas do câncer de pele não melanoma?

Por isso, a campanha Outubro Rosa reforça uma questão muito importante: o diagnóstico precoce e o tratamento adequado do câncer de mama têm papel fundamental na saúde das mulheres, pois elevam as chances de cura para 95%.

O Check Up Blog entrevistou a Doutora Adryana Lima, médica mastologista do Check Up Hospital, para saber mais sobre o câncer e outras doenças que afetam a saúde das mamas.

Com uma grande experiência na área e em relação à saúde das mulheres, a Doutora Adryana Lima conversou sobre os casos mais comuns que atende no hospital, a importância do diagnóstico precoce, fatores de risco para o câncer, entre outros temas.

Confira abaixo as questões e as respostas da entrevista:

1. A partir de quantos anos as mulheres devem realizar exames periódicos para rastrear o câncer de mama?

R: A mamografia deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos, ou de forma mais precoce em casos de histórico familiar e outros fatores de risco para a doença. Porém, o exame físico especializado deve ser feito antes, a partir dos 25 anos.

2. Quais são os principais fatores de risco para a saúde das mamas?

R: Os principais fatores de risco para a saúde das mamas incluem sedentarismo, tabagismo, ingestão frequente de bebidas alcoólicas, obesidade, fatores genéticos e histórico familiar de câncer de mama, principalmente de parentes de primeiro grau, como mãe, irmã e filha.

3. As próteses de silicone podem causar câncer de mama?

R: As próteses mamárias não causam câncer de mama, porém, em alguns casos, podem dificultar o diagnóstico precoce do câncer de mama.

4. Muitas pessoas associam a mastologia ao câncer de mama. Porém, existem muitas outras condições médicas tratadas por essa especialidade. Quais são os casos mais comuns que você atende no hospital?

R: A mastologista cuida da saúde das mamas e a maioria dos casos que atendo são relacionados à dor mamária fisiológica, chamada também de mastalgia, causada na maioria dos casos por alterações hormonais. Além disso, também atendemos muitos casos de nódulos benignos. É importante falar que nem todos os nódulos são cânceres, mas todo nódulo precisa ser avaliado por uma médica especialista.

5. Além do câncer de mama, quais são os principais problemas mamários que exigem tratamento imediato? Por quê?

R: A mastite, uma inflamação dolorosa das glândulas mamárias, é uma patologia que devemos tratar com medicação para evitar infecções mais graves e, às vezes, também é necessário realizar uma cirurgia para curar as pacientes. E como mencionei anteriormente, todo nódulo mamário precisa ser avaliado e acompanhado por um médico ou médica especialista.

6. Quais são os principais exames de imagem e laboratoriais preventivos que as mulheres devem fazer ao longo da vida?

R: Os principais exames para a saúde da mulher, além dos exames laboratoriais convencionais, são a mamografia e a citologia oncótica, que é o Papanicolau, o exame preventivo contra o câncer de colo de útero. Além disso, a ultrassonografia de mamas e a transvaginal devem ser feitas regularmente.

7. Quais são as melhores formas de prevenir problemas de saúde nas mamas, inclusive o câncer?

R: As mulheres devem realizar exames periódicos e preventivos, como a mamografia a partir dos 40 anos, praticar atividade física regularmente e ter uma dieta saudável. Além disso, evitar o uso prolongado de anticoncepcionais e de terapias de reposição hormonal, sempre seguindo as recomendações médicas. Para as mães, a amamentação é fundamental, porque protege as mamas também de possíveis problemas. Dessa forma, todas essas medidas podem prevenir o câncer de mama.

8. Por que o uso de anticoncepcionais e as terapias de reposição hormonal podem aumentar o risco de câncer de mama e de outras doenças relacionadas?

R: O uso de anticoncepcionais por mais de 10 anos ou a terapia de reposição hormonal por mais de 5 anos podem aumentar o risco de câncer de mama por questões relacionadas aos hormônios e à estimulação mamária. Um estudo publicado no ‘New England Jornal of Medicine’ comprovou a relação do tempo de uso dos anticoncepcionais e das terapias de reposição hormonal com um maior risco para o câncer de mama.

9. Por que o estigma relacionado ao câncer de mama ainda é tão forte e quais são as consequências disso?

R: A maioria das pessoas associa o câncer de mama à morte e à perda da mama. Porém, quanto mais precoce o câncer for diagnosticado, maiores são as chances de sobrevida e de cura da paciente. Como dizemos no Check Up Hospital, tempo é vida, tempo é cura. Hoje, temos várias técnicas cirúrgicas que podem tratar o câncer preservando a mama, assim como reconstrui-la imediatamente após o tratamento do câncer.

10. O autoexame de mama é realmente eficiente? Ele substitui a análise clínica e laboratorial?

R: O autoexame das mamas tem a função de promover o autoconhecimento das mamas, mas não substitui o exame clínico realizado pelo médico especialista, além da mamografia.

11. Qualquer dor na mama é sinal de alguma doença? Quais podem ser as causas?

R: Uma dor mamária relativamente comum, chamada de mastalgia, é fisiológica e está relacionada ao ciclo menstrual. Ela também pode ocorrer fora desse ciclo e, na maioria das vezes, não tem relação com tumores. O câncer de mama, geralmente, não causa dor, ele é silencioso. Por isso, as consultas médicas de rotina e os exames preventivos têm papel tão importante.

Agora, veja mais informações sobre o câncer de mama.

Dados sobre o câncer de mama no Brasil

A estimativa de novos casos para este ano no Brasil é de 73,6 mil, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Esse nível é considerado alto, já que, excluídos os casos de tumor de pele não melanoma, o câncer de mama é o que possui a maior incidência entre as mulheres em todas as regiões do Brasil.

A Região Norte tem a menor taxa ajustada de incidência no País, com 27,73 casos para cada 100 mil mulheres – no Amazonas, o índice é de 28,34. Já as regiões Sudeste e Centro-Oeste concentram os maiores níveis.

Em relação às taxas de mortalidade, as regiões Sudeste e Sul têm as maiores do Brasil (12,43 e 12,69 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente), seguidas do Nordeste (10,75), Centro-Oeste (10,90) e Norte (8,59), de acordo com o Inca.

Apesar de ser mais raro em homens, o câncer de mama também pode afetar a saúde masculina, representando 1% do total de casos registrados da doença.

O que é o câncer de mama?

O câncer de mama é um tipo de tumor que se desenvolve nas células mamárias. Essas células, que normalmente crescem e se dividem de forma ordenada, passam por alterações genéticas que fazem com que se multipliquem de forma descontrolada, formando um tumor.

As causas do câncer de mama possuem diversas origens, incluindo:

1. Alterações genéticas e histórico familiar: as células cancerígenas sofrem alterações em seus genes, o que afeta o controle do crescimento e da divisão celular. Podem ser adquiridas ao longo da vida ou ter origem no histórico familiar.

2. Fatores hormonais: os hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona, desempenham papel importante no desenvolvimento das células mamárias. Desequilíbrios nos níveis hormonais podem influenciar o crescimento celular e aumentar o risco de câncer.

3. Fatores ambientais: alguns aspectos ambientais, como a exposição a determinadas substâncias químicas, radiação e poluentes, podem danificar o DNA das células e aumentar o risco de câncer de mama.

4. Estilo de vida: hábitos como o tabagismo, a má alimentação, o consumo excessivo de álcool, a obesidade e a falta de atividade física estão associados a um maior risco de desenvolver o câncer de mama.

5. Idade: a faixa etária é um dos principais fatores de risco, sendo mais comum em mulheres acima dos 50 anos. No entanto, é importante lembrar que o câncer de mama também afeta mulheres mais jovens.

Como o câncer de mama evolui?

Quando uma célula normal da mama sofre uma mutação em seu DNA, seu funcionamento fica alterado. Essa célula mutada começa a se dividir de forma descontrolada, formando clones de células anormais.

Assim, o acúmulo de células cancerígenas forma um tumor. Em alguns casos, as células cancerígenas podem invadir tecidos próximos e se espalhar para outras partes do corpo através da corrente sanguínea ou do sistema linfático, formando metástases.

Dessa forma, o diagnóstico precoce pode evitar casos mais graves da doença e permitir o início do tratamento médico ainda em estágio inicial. É importante ressaltar que nem todas as alterações nas mamas são cancerígenas, mas sempre devem ser investigadas.

Como prevenir o câncer de mama?

Embora não exista uma forma completamente eficaz de prevenir o câncer de mama, adotar um estilo de vida saudável, como ter boa alimentação, manter o peso adequado, praticar atividade física regularmente, não fumar e reduzir o consumo de álcool, diminui o risco.

Entretanto, a principal forma de prevenção é o diagnóstico precoce. O autoexame das mamas, o exame clínico realizado por um médico especialista e a mamografia são ferramentas importantes para identificar qualquer alteração nas mamas.

Com isso, os check-ups médicos preventivos por meio de consultas de rotina e exames regulares são essenciais para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz para o câncer de mama, preservando a qualidade de vida e o bem-estar da paciente.

Quais são os principais sintomas do câncer de mama?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a maioria dos casos de câncer de mama não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Por isso, a realização regular de consultas e exames preventivos é fundamental para o diagnóstico precoce.

Os principais sintomas incluem:

Presença de nódulos ou caroços nos seios.
Alterações na pele da mama, como vermelhidão ou descamação.
Mudanças no tamanho ou formato da mama.
Variações no mamilo e na aréola.
Secreção anormal ou com sangue através do mamilo.
Dor na mama ou axila.

Caso perceba qualquer um desses sintomas, procure um médico mastologista para realizar uma avaliação completa.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama?

O diagnóstico precoce do câncer de mama é fundamental para aumentar as chances de cura. Os métodos de diagnóstico incluem:

Autoexame das mamas: a mulher deve estar familiarizada com o aspecto de suas mamas e realizar o autoexame regularmente para identificar qualquer alteração. Porém, isso não substitui o exame clínico com um mastologista.
Exame clínico: o médico realiza um exame físico das mamas para identificar nódulos e outras alterações.
Mamografia: é um exame de imagem que utiliza raios-X para detectar alterações nas mamas.
Ultrassonografia: usa ondas sonoras para criar imagens mais detalhadas das mamas.
Biópsia: procedimento que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido das mamas para análise em laboratório.

O tratamento do câncer de mama varia de acordo com o estágio da doença, o tipo de tumor e as características individuais de cada paciente. As opções terapêuticas incluem:

Cirurgia: remoção do tumor e, em alguns casos, da mama.
Radioterapia: utilização de radiação para destruir as células cancerígenas.
Quimioterapia: uso de medicamentos específicos contra o tumor.
Terapia hormonal: utilizada para bloquear a ação dos hormônios em relação ao crescimento das células cancerígenas.

É fundamental que qualquer alteração nas mamas seja investigada por um médico mastologista. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida das pacientes.

A importância do diagnóstico precoce do câncer de mama

O câncer de mama é uma doença que pode se tornar grave, mas com o diagnóstico precoce e tratamento adequado as chances de cura chegam a 95%.

A campanha Outubro Rosa representa uma oportunidade de conscientização sobre a importância da prevenção e dos cuidados com a saúde das mulheres.

Ao adotar hábitos saudáveis e realizar check-ups médicos preventivos, você estará cuidando de si para ter uma vida longa e saudável. A saúde feminina precisa de atenção constante e regular.

No Check Up Hospital, você pode realizar consultas com mastologistas e ginecologistas, além de exames de imagem relacionados à saúde das mamas e ao organismo feminino, com segurança, conforto e praticidade. Agende de forma rápida suas consultas e exames:

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